A arquitetura aeroportuária é uma tipologia complexa para inovar. Exigências técnicas, de segurança e circulatórias forçam os projetos a seguirem caminhos limitados (e precedentes); pouco orçamento é deixado para criar espaços de descanso e muito menos esteticamente interessantes.
O que torna o espaço central do projeto de Safdie Architect para o Aeroporto de Changi, em Cingapura, ainda mais incomum. O Jewel Changi Airport reinventa o hall não apenas como um espaço intermediário para os viajantes, mas também como uma grande atração pública. O transporte público atravessa a cidade chegando até o aeroporto e fazendo com que o grande jardim e espaço comercial dentro da cúpula central sejam estabelecidos como um nó para o encontro. No futuro, um espaço no lado norte do parque sediará eventos públicos para até 1.000 pessoas.
A estrutura, uma cúpula de vidro em forma de toróide, abriga uma floresta luxuriante que sobe pelos lados da estrutura de vidro. O jardim incluirá trilhas para caminhada, áreas de estar e até mesmo várias cachoeiras artificiais. Um óculo no centro do espaço, chamado de Vórtice da Chuva, permitirá que a água entre em cascata no centro do espaço. Após a conclusão do edifício, será a mais alta cachoeira interna do mundo. A água da chuva que cai na fonte será bombeada através da cachoeira e usada em todo o aeroporto para a construção de serviços e sistemas de irrigação. A estrutura toróide e a água corrente também atuam como um sistema de resfriamento passivo.
Os visitantes do Vale da Floresta também poderão desfrutar de cinco níveis de espaço comercial em ambos os lados do jardim. Os vales verticais cortam o espaço comercial, permitindo o acesso entre as duas zonas, levando a luz aos níveis mais baixos.
O edifício está atualmente em construção e deve ser concluído em 2019.